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Durante a abertura do evento foi comemorado o Dia Nacional do Surdo. Mostra segue até domingo

 

O primeiro dia de exposição e venda de orquídeas, organizado pela Prefeitura Municipal de Barra Mansa, através do Cemae (Centro Municipal de Atendimento Educacional Especializado), em parceria com o Campo de Orquídeas de Guararema (SP), foi sucesso total. Nem mesmo a manhã de tempo nublado incomodou as pessoas, que aguardaram na Praça da Matriz para apreciar as belezas das flores e decidir sobre qual espécie levar para casa. A mostra segue até domingo, de 9 às 18 horas, com orquídeas a preços variados. Parte da renda arrecadada com o evento será revertida para a Festa de Natal de cerca de 700 alunos atendidos pelo órgão, prevista para o dia 13 de dezembro, no Ilha Clube.

 

 

Juliana Aparecida Anacleto Cunha, moradora da Vila Nova, foi uma das pessoas que aguardou para adquirir a planta. “Amo orquídeas. Já tenho algumas em casa e pretendo comprar outras mudas diversificas. Agora, o mais importante, é ajudar na realização da festa de Natal dos alunos do Cemae. Eles merecem”, disse.

 

O casal Roseane Messias e Max dos Reis, do bairro Boa Sorte, disse que a iniciativa é muito louvável. “É gratificante saber que através dessa nossa compra de orquídea estamos ajudando a tornar o mundo de algumas pessoas um pouco melhor”.

 

 

Durante a exposição também foram comercializados adubos e substratos para orquídeas.

DIA NACIONAL DO SURDO - Paralela à exposição foram realizadas atividades alusivas ao Dia Nacional do Surdo, oficialmente celebrado no dia 26 de setembro. Nos estandes estruturados no local foram exibidas caricaturas confeccionadas pelo caricaturista surdo Sidcley Soares Lemes, exposição de materiais pedagógicos voltados para atendimento educacional especializado de alunos surdos, oficina de Libras Express, espaço de convivência para cadastramento de pessoas com surdez, além de roda de conversa sobre a absorção das pessoas surdas no mercado de trabalho e apresentação do esportista de Jiu Jitsu surdo Patrick Roberto Oliveira, de Paulo de Frontin. Alunas do curso normal do colégio Estadual Baldomero Barbará realizaram contação de histórias adaptadas para pessoas surdas.

 

Na abertura do evento, a coordenadora municipal de Educação Especial, Sônia Coutinho, lembrou do processo de implantação de atendimento aos deficientes, em Barra Mansa. “Em 1971, os alunos surdos, entre outros deficientes, estudavam na Escola Municipal para Excepcionais Coelhinho Sabido, a primeira escola especial do município. A Orientadora Educacional Eliana Marques e a professora Cláudia Baêta iniciaram o processo da educação de surdos em Barra Mansa. Em 1981, quando foi comemorado o Ano Internacional das Pessoas Deficientes, incentivei a esposa do então prefeito interino Elmiro Coutinho, Eni Sellani Coutinho, a melhorar a educação de surdos no município. Foi ai que firmamos parceria com Colégio Municipal Prefeito Marcello Drable. A unidade disponibilizou uma sala de aula para alunos surdos. Investimos na especialização da professora Cláudia Baêta, no INES - Rio de Janeiro. Para se ter idéia, na época já trabalhávamos a inclusão escolar desses alunos quando ninguém falava sobre a questão. Barra Mansa foi o primeiro município do Brasil a promover a inclusão de surdos ”, relembrou Sônia, ressaltando que em 1982 foi inaugurada a primeira classe especial para surdos, dentro de uma escola regular.

 

 

Da década de 70, quando tudo começou, até os dias atuais, houve muitos avanços em políticas públicas para os deficientes, mas ainda é preciso conquistar outros benefícios, principalmente no que se refere à inclusão no mercado de trabalho e outros segmentos e à acessibilidade.

 

 

Atualmente, 32 alunos surdos estudam em turmas regulares, preferencialmente no Colégio Municipal Marcello Drable,  pois nessa Unidade Escolar configura uma comunidade surda.  Recebem os recursos necessários para que tenham as mesmas oportunidades de aprendizagem ofertadas a todos os alunos, tais como atendimento educacional especializado, no contraturno, instrutor de libras para aprendizagem da Língua Brasileira de Sinais e intérpretes de Libras, dentro da sala de aula. Outro projeto idealizado por Sônia Coutinho e que está em fase de implantação é a Escola Bilíngue, no Colégio Marcello Drable, em parceria com o Cemae.

 

Coordenadoria de Comunicação Social Prefeitura de Barra Mansa, com foto de Chico de Assis.

 

 

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